
Oito projetos audiovisuais participaram, durante a sexta-feira (13), do 1º Pitch & Rodada de Negócios da história do Festival Santa Cruz de Cinema, promovido pelo Santa Cruz Polo Audiovisual.
Foram treze produções inscritas e as selecionadas foram: “Melhor Amiga das Noivas”, de Júlia Ribeiro Cazarré; “Gringo”, de Klaus Lopes; “O Mago das Cores”, de Fernando Vanelli; “Atos e Omissões”, de Gustavo Acioli; “Marvin”, de Jonatan Pacheco; “Porongos”, de Diego Müller; “Tempo, Mano Velho”, de Gabriela Kopp; e “O que há de novo?”, de Victor Castilhos.
Durante o pitch os realizadores apresentaram suas ideias e foram questionados pelos júri de debatedores, formado pela produtora Paola Wink, a diretora de séries documentais e longas de animação, Daniela Israel, e pelo produtor executivo e roteirista Pedro Guindani. Eles escolheram “Tempo, Mano Velho”, de Gabriela Kopp, como o Projeto Destaque do pitch.
“Essas ações de mercado, de formação são muito importantes para fomentar o cinema local, principalmente pela presença de realizadores de outros estados, pois gera essa integração e uma troca de culturas”, afirmou Paola Wink. “Na programação de ontem ministrei um workshop de produção executiva, então tem uma ação de continuidade do mercado, pensando em formação, em apresentar os projetos, conectar com os players de mercado”, complementou a jurada.
Representando o grupo de roteiristas santa-cruzenses de “Tempo, Mano Velho”, Gabriela Kopp destacou a importância da promoção do Pitch e Rodada de Negócios no festival: “Apresentar o projeto para mais pessoas e ver que elas se apaixonam por ele tanto quanto nós é muito legal. O pitching é muito difícil, é um tempo muito reduzido, mas a gente sabe que é assim que o mercado funciona e talvez as pessoas não se deem conta do quão gigante é esse passo que o evento está nos proporcionando”. O projeto ainda foi selecionado por dois players para a Rodada de Negócios, “conversar com players e pessoas que já estão no mercado rodando séries que são incrivelmente famosas – e que a gente é muito fã, né? – É indescritível, e prova, mais uma vez, que existe cinema no interior do estado” afirma.
Olhar dos players
Os players de mercado – Carla Esmeralda, produtora cinematográfica, Bia Caldas, também produtora, com ampla experiência em cinema, streaming e publicidade, e Rodrigo M. G. Boecker, produtor de Criação e Conteúdo da GLAZ – acompanharam os pitchs e selecionaram, ao todo, seis projetos para conversas individuais.
O projeto “Melhor Amiga das Noivas”, foi o único apresentado no pitch que foi selecionado pelos três profissionais convidados. “Quando eu vi os players eu pensei ‘se eu conseguir falar com qualquer um deles já vai ser incrível pro projeto’, pois assim começamos a criar relações, ir trocando ideia de projetos para trabalhos, e o feedback desse tipo de profissional é uma oportunidade eu não consigo nem dimensionar”, comemorou a realizadora Júlia Ribeiro Cazarré.
“Estou impressionada com o profissionalismo do evento, profissionalismo do pitching e o profissionalismo dos projetos que eu encontrei aqui. Desejo que todos sejam feitos, especialmente os quatro que eu escolhi aqui para conversar, com quem eu tive uma maior identificação, porque os projetos são leituras de mundo, necessários para a sociedade, necessários para a audiência, necessários para o realizador se expressar no mundo. Minha palavra para esse festival é profissionalismo”, finalizou Carla Esmeralda.
O trio de players do mercado ainda apresentou um painel onde compartilhou orientações e percepções, visando contribuir ainda mais para o desenvolvimento e fortalecimento do audiovisual da região.
Este projeto é financiado com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), do Ministério da Cultura, Governo Federal – Edital SEDAC/LPG nº 14/2023 – Audiovisual III (festivais, pesquisa, capacitação). Patrocínio: JTI (Japan Tobacco International) e Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul. Realização: Sistema Fecomércio RS Sesc/Senac, Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e Pé de Coelho Filmes.