Festival Santa Cruz de Cinema

texto branco fundo transparente-02

Por Nathiele Droese

Nesta segunda-feira, 21 de outubro, aconteceu no auditório central da Universidade de Santa Cruz do Sul a primeira noite do Festival de Cinema de Santa Cruz do Sul. No evento, foi marcada pela primeira exibição do curta-metragem produzido a partir do texto vencedor do concurso “Minha história dá um filme”, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SEE) e a A4 Agência Experimental de Comunicação Social da Unisc.

Este ano, de acordo com a secretária municipal de Educação, Jaqueline Marques, a história vencedora vai trazer para a tela um assunto muito importante: o autismo. “Este é um momento incrível não só para nós, mas também para as famílias. Tenho certeza que vamos nos emocionar muito hoje”. O curta-metragem intitulado “Um mundo em tons de azul”, com roteiro e direção de Bruno Granata, apresenta a história de Eduardo Flores, de 15 anos, da Escola EMEF Duque de Caxias. De acordo com a sinopse, o espectro autista coloca Eduardo em situações que o aproximam e o distanciam de outras pessoas, como também demonstram as dificuldades e desafios.

Ane Diana Arruda Martins, mãe de Eduardo, expressa a emoção de ver a produção pronta. “Superou todas as expectativas que já tínhamos, porque vimos o empenho de toda a equipe e sabíamos da qualidade do trabalho, mas, surpreendeu muito e positivamente.” Além disso, Ane relembra o fato de Eduardo ter tomado a iniciativa de participar do concurso. “Agradecemos ao projeto, por valorizar a história de cada aluno que se dispôs a participar do concurso e o fato do Eduardo ter chegado no primeiro dia e ter dito – mãe vou fazer porque a minha história vai dar um filme -, eu não tinha compreendido direito sobre o que era, então, partiu muito dele, e claro, toda a iniciativa da professora, com as correções, também dei uma pequena contribuição e juntar tudo isso foi um quebra-cabeça.”


Eduardo e a família prestigiando a primeira noite do Festival Santa Cruz de Cinema

Com a produção do documentário, Ane espera que mude a visão sobre a condição autista.  “Para eles verem que ele é um adolescente de 15 anos como tantos outros que tem suas particularidades como todos temos as nossas e que as deles, às vezes, salta ao olhos, não fisicamente, mas, pelas características comportamentais”, conclui.