Festival Santa Cruz de Cinema

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Foto: Luís Alexandre

Celebrando duas diferentes gerações do cinema nacional, a noite de quinta-feira do 8º Festival Santa Cruz de Cinema foi de emoção no Auditório Central da UNISC. A atriz gaúcha Araci Esteves recebeu o troféu Tipuana como a homenageada desta edição e o ator pernambucano Allan Souza Lima foi reconhecido com o Prêmio Tuio Becker. 

Revendo sua trajetória na tela, o ator que recebeu reconhecimento nacional recentemente por sua atuação na série “Cangaço Novo”, destacou a intensa entrega de quem atua para fazer chegar cada personagem ao público. “Pra mim estar recebendo esse prêmio hoje significa um pertencimento também de me sentir valorizado e abraçado”, celebrou Allan. 

Além de agradecer ao festival e à cidade, o ator, que também é produtor e diretor, ressaltou as semelhanças entre Pernambuco, seu estado natal, e o Rio Grande do Sul: “Qual é o único estado que honra sua bandeira, que canta seu próprio hino? Se aqui é adaga, lá é peixeira, se aqui são as bombachas, lá é o gibão. Lá tem cavalo igual aqui. Se lá é sanfona, aqui talvez uma gaita ou um acordeon. Lá são os cordelistas, aqui são os pajadores. E por aí vai”.

Chamada ao palco para receber o Troféu Tipuana como homenageada da edição de 2025, Araci Esteves foi calorosamente aplaudida de pé pelo público que lotava, novamente, o auditório. “Estou muito feliz de estar aqui nessa noite recebendo essa homenagem e quero agradecer imensamente a esse festival, que tem um grande potencial de crescimento”, afirmou Araci.  

A atriz, que acumula mais de 60 anos atuando no cinema, teatro e televisão, mandou um recado aos colegas de profissão: “Quero mandar um abraço apertado a todos os atores e atrizes que estão aqui ou não, eles são meus companheiros nessa jornada pela busca eterna e sem trégua do aperfeiçoamento da nossa arte de representar”. 

Transparecendo a alegria pelo momento, Araci complementou sua fala deixando uma reflexão aos profissionais presentes. “Aprendi que não podemos nos acomodar nessa zona de conforto de um sucesso, nosso ofício é um eterno aprendizado, nunca se chega ao fim. Acho que por isso que não faço muita diferença entre trabalhar em um longa de duas horas ou um um curta de 10 minutos, porque cada trabalho que eu fiz eu aprendi alguma coisa que eu não sabia. E isso me levou a conhecer melhor o ser humano com todas as qualidade e suas falhas, todos eu heroísmo e sua vilania. aprendi a percebê-lo e  entendê-lo como é”, concluiu. 


Este projeto é financiado com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022), do Ministério da Cultura, Governo Federal – Edital SEDAC/LPG nº 14/2023 – Audiovisual III (festivais, pesquisa, capacitação). Patrocínio: JTI (Japan Tobacco International) e Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul. Realização: Sistema Fecomércio RS Sesc/Senac, Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e Pé de Coelho Filmes.